Bandas de Rock - ANGRA | ||||
História da Banda
Origem Nome tirado da mitologia dos
índios tupi brasileiros, ANGRA significa "Deusa do Fogo". Uma imagem
que evoca beleza, mas também poder de devastação,
ANGRA é o nome perfeito para descrever esse quinteto brasileiro,
cuja música transpira agressividade, mas também excelência
e elegância. Em essência, o ANGRA é um grupo de heavy
metal. Porém, suas composições melódicas e
emotivas, que agregam arranjos clássicos e outras influências
tão interessantes quanto, vêm conquistando os mais díspares
tipos de ouvintes ao redor do mundo.
História A história do ANGRA
iniciou-se em 1991, quando cinco jovens músicos começaram
a tocar juntos. Cada um possuía seus próprios projetos, mas
tinham em comum o desejo de querer ser os melhores naquilo que faziam.
André Matos já era reconhecido como excepcional vocalista
em virtude de seu trabalho com o Viper. Essa banda conseguiu relativo sucesso,
tendo vendido muito bem no Japão e recebido críticas positivas
no mundo todo. O grupo, entretanto, começou a modificar a direção
musical do seu som, deixando de lado o metal com influências clássicas
que André tanto amava para tentar um lance mais simples e direto.
André decidiu, então, deixar a banda para se dedicar ao estudo
de música clássica. Nesse interim, ele esperava encontrar
as pessoas certas para formar uma nova banda e dar continuidade às
suas idéias musicais. Finalmente, André conhece Rafael Bittencourt,
que acabara de deixar a banda Spitfire. Já um experiente guitarrista
clássico, Rafael encarava a música de forma bastante séria
e chegou a morar um ano nos Estados Unidos para estudar guitarra. Seu profundo
desejo de se dar bem foi inspirador para André e as coisas começaram
a rolar.
Primeiro Disco de Ouro no Japão O ANGRA gravou Angels Cry na
Alemanha, mais especificamente no estúdio de Kai Hansen, em 1993.
O talento da banda, aliado à produção experiente de
Charlie Bauerfeind (conhecido por seus trabalhos com o Sisters of Mercy,
Glenmore e muitos outros) e Sascha Paeth, guitarrista do Heavens Gate,
garantiu ao debut a melhor das recepções em muitas partes
do mundo. Sua música, inovadora, mas acessível, levou-os
ao estrelato no Japão, onde Angels Cry chegou à terceira
posição na parada internacional, tendo vendido 106 mil cópias,
ganhando seu primeiro Disco de Ouro. No Brasil, o álbum tornou-se
o mais vendido da Gravadora Eldorado/Sony Music. Leitores de revistas japonesas
e sul-americanas elegeram o ANGRA "Melhor Banda Nova" de 1993, sendo que,
na Rock Brigade, o grupo (e Angels Cry) papou diversas categorias da votação
dos leitores: "Melhor Álbum", "Melhor Vocalista", "Melhor Capa",
"Melhor Tecladista" e "Melhor Música (Carry On). O videoclipe de
Time foi executado incansavelmente em emissoras de TV do Brasil e do Japão,
enquanto que o de Carry On foi indicado para o MTV Video Music Awards.
O sucesso continuou no verão de 1994, quando Angels Cry foi lançado
na Europa, pela Dream Circle/Polydor (Europa) e pela CNR Music/Arcade (França).
A maior revista da Europa, "Rock Hard", deu 9.5 ao álbum (de 10),
afirmando que o Angra possuía "grande visão, oferecendo composições
ao melhor estilo Queensrÿche-com-Savatage-com-Dream-Theater". No mesmo
ano, André Matos participou da remixagem de três músicas
- Evil Warning, Carry On e Angels Cry - para inclusão num EP chamado
Evil Warning, lançado somente no Japão, com uma edição
limitada de 13 mil cópias que vinha com uma camiseta. Como era de
se esperar, o EP tornou-se um item bastante popular entre os fãs
do ANGRA. Nesse meio tempo, a banda levou a cabo uma extensa turnê,
já apresentando o novo baterista Ricardo Confessori, substituto
de Marco Antunes, que deixara o grupo pouco depois das gravações
de Angels Cry. O estilo de Confessori conferiu ao ANGRA energia renovada,
enquanto sua conedição técnica encaixou-se perfeitamente
às canções do conjunto. Também recrutado para
atuar nas apresentações ao vivo, o tecladista Leck Filho
tornou possível a reprodução no palco de todos os
arranjos de teclados ouvidos em Angels Cry. Obtendo enorme sucesso com
suas perfomances, eles chegaram a tocar para 50 mil pessoas na primeira
edição brasileira do consagrado festival Monsters of Rock,
ao lado de Kiss, Black Sabbath, Slayer e outros. A MTV brasileira apresentou
um programa que trazia imagens desse concerto, alternando imagens do Kiss
e do ANGRA. Fora essa aparição televisiva, entrevistas de
rádio e uma apresentação acústica na 89FM,
o ANGRA continuou excursionando extensivamente pelo Brasil inteiro. Os
pontos altos incluíram um show patrocinado pela 97FM, que levou
10 mil pessoas ao Aramaçã, e duas apresentações
lotadas no Aeroanta, em março (no segundo dia, 400 pessoas ficaram
de fora). Jornalistas e executivos de gravadoras que compareceram aos shows
ficaram entusiasmados e as críticas em jornais e revistas que se
seguiram foram aclamadoras. O grand-finale aconteceu no dia 13 de maio
de 1995, quando a banda foi à Europa para uma série de shows,
que compreendiam 11 datas em cinco países, incluindo dois festivais
ao ar livre. Desnecessário dizer que os shows foram incríveis.
No período entre o término dos shows e o início das
gravações do segundo álbum, os integrantes da banda
não tiveram sossego. O guitarrista Kiko Loureiro e o baixista Luís
Mariutti foram chamados a criar vídeo-aulas para as séries
Guitar Rock e Rock Bass, respectivamente. André Matos manteve-se
ocupado, trabalhando como porta-voz do grupo, chegando a viajar para a
Europa em maio de 94, quando ele concedeu mais de 50 entrevistas para rádios
e revistas.
Segundo CD atinge status de Disco de Ouro no Japão Mas a jornada do ANGRA rumo
à conquista do mundo continua. Desde seu lançamento, em março
de 1996, o segundo álbum de estúdio do grupo, Holy Land,
já atingiu status de Disco de Ouro no Japão - mais de 100
mil cópias vendidas. Tanto os velhos quanto os novos fãs
vêm reagindo entusiasticamente à nova direção
musical que o ANGRA adotou nesse disco, que mescla melodias indígenas
sul-americanas ao metal de raízes clássicas. O conceito por
trás do álbum trata da América do Sul, do Brasil em
particular, com músicas sobre a história e a cultura da região.
Lançando mão não apenas de batucadas, mas empregando
autênticos sons e melodias nativos, inspirados em artistas locais,
a banda criou um estilo único, intenso e pessoal. Escrito durante
uma estadia de quatro meses numa fazenda no interior do Brasil, Holy Land
foi gravado na Alemanha com produção de Charlie Bauerfeind
e Sascha Paeth. O disco foi editado simultaneamente na Ásia, Europa
e América do Sul, com a adição de uma faixa-bônus
na edição japonesa (entretanto, Holy Land, pode ser adquirido
via correio ou como importado em diversos outros países). Uma edição
especial limitada, que incluía um CD de três faixas acústicas
gravadas ao vivo, foi lançada na França, e correspondia às
8 mil primeiras cópias do disco. Sempre interessado em manter o
entusiasmo de seus fãs, o ANGRA lançou também o EP
Freedom Call, que trazia músicas novas e antigos sucessos remixados,
além de um cover eletrizante de Painkiller, originalmente gravado
para ser incluso no segundo volume do tributo ao Judas Priest, lançado
pela gravadora Century Media. A faixa-título foi gravada durante
as sessões do Holy Land e apresenta a mesma temática das
músicas daquele disco. Além dessa, o CD traz ainda novas
versões de Queen of the Night e Reaching Horizons, presentes na
primeira demo do grupo e bastante requisitadas pelos fãs.
Shows na Europa, Argentina e Brasil Embora tenha obedecido a uma
agenda totalmente extenuante em 96, o fim do ano não foi de descanso
para o ANGRA. Os rapazes botaram o pé na estrada em meados de outubro
para cumprir as 23 datas de seu giro europeu. Ávidos fãs
na Holanda, Espanha, Portugal, França, Alemanha e Itália
tiveram a chance de conferir o poder de fogo que o grupo possui ao vivo,
sendo que os dois concertos mais matadores aconteceram em Paris e Milão
(o último, em que a banda tocou para mais de 1800 pessoas, o grand-finale
da tour). Entretanto, ninguém duvidava do sucesso desses shows,
uma vez que o quinteto havia apresentado o novo material aos seus fãs
brasileiros em apresentações que percorreram todo o território
tupiniquim entre julho e o início de outubro - incluindo dois shows
'sold out' no Palace, em São Paulo (cerca de 5 mil pessoas), e um
no Aramaçã, em Santo André (cerca de 9 mil pessoas)
- com uma repercussão de tirar o fôlego. Além disso,
em setembro, obtiveram receptividade igualmente grandiosa na Argentina.
Mas foi quando retornou ao Brasil que o melhor
Consagrado pela Mídia Somando-se às excelentes
críticas à sua perfomance ao vivo pela imprensa local, a
mídia musical mundial concedeu ao ANGRA atenção maciça
durante 96. Imediatamente após o lançamento de Holy Land,
o álbum alcançou a segunda posição na parada
da renomada revista japonesa "Burrn!". O ANGRA também esteve na
capa da edição de Abril da revista, que trazia uma matéria
de quinze páginas com o grupo. Na Alemanha, a Rising Sun Productions
uniu-se à "Horror Infernal" para distribuir 5 mil singles e posters
do ANGRA aos seus leitores. A revista "Heavy Oder Was?!" deu onze pontos
(de doze possíveis) ao disco e a "Rock Hard", 8,5 (de dez possíveis).
A "Metal Hammer" da Itália elegeu Holy Land "Álbum do Mês"
e concedeu matéria de três páginas ao grupo, enquanto
a "Metal Hammer" grega deu 9 pro álbum (dez é o máximo).Kiko
Loureiro foi capa da "Young Guitar", e a "Rock Brigade" e a "Flash" tiveram
o ANGRA na capa também. Porém, a lista não termina
aí e inclui aparições em diversas outras publicações
mundiais: "Aardschock", "Mindview", "Metallian", "Hard n' Heavy", "Madhouse",
"Soundcheck", "Planète Hard" e até uma revista esportiva
francesa, com tiragem de 300 mil exemplares, que cobriu o encontro de André
e Kiko com o jogador de futebol brasileiro Raí.
E enquanto a banda esteve ocupada em diversas partes do globo, a legião
de fãs em seu país natal continuou fiel, fato facilmente
comprovável, vide a maciça votação que seu
videoclip para a música Make Believe recebeu na parada semanal da
MTV Brasil - chegando a ocupar por algum tempo o segundo lugar, dividindo
posições com Bush, U2, Metallica e outros medalhões.
Os leitores da renomada revista de rock brasileira "Rock Brigade" elegeram
o ANGRA "Melhor Banda" em sua votação anual. A banda também
obteve invejável votação em categorias individuais,
incluindo "Melhor Vocalista", "Melhor Guitarrista (Kiko Loureiro)", "Melhor
Baixista", segundo "Melhor Baterista", segundo "Melhor Álbum (Holy
Land)" - perdendo apenas para o Roots, do Sepultura -, segunda, terceira
e quinta "Melhores Músicas (todas
Shows no Japão Encerrando as 49 datas da "Holy Tour"
em grande estilo, o ANGRA teve a oportunidade de tocar no Japão,
em janeiro de 97. Começando e terminando com shows em Tóquio,
passando por Nagoya e Osaka, os brasileiros satisfizeram seus fiéis
fãs nipônicos com sets poderosos, que incluíram clássicos
dos álbuns Angels Cry e Holy Land, assim como o cover de Painkiller,
do Judas Priest, e uma versão acústica de Reaching Horizons.
No último show da turnê, o ANGRA resolveu comemorar, executando
versões explosivas de Raining Blood (do Slayer, com participação
dos roadies) e de Wasted Years (Iron Maiden) no bis. Além dos excelentes
shows, o grupo também teve o prazer de receber o Disco de Ouro para
seu primeiro álbum, Angels Cry, num jantar especial organizado por
sua gravadora japonesa, a JVC. Entretanto, o incansável
ANGRA retornou para a Europa para tocar em mais 20 shows. Destas 20 apresentações,
13 aconteceram somente na França. No itinerário esteve também
dois shows na Grécia, país em que a banda ainda não
tinha tocado, mas onde já desfrutava de enorme popularidade. Além
desses, o quinteto também esteve na Alemanha e Itália, onde
aconteceu o grand-finale da tour, em Milão. O ANGRA tocou num festival
frente a 10 mil pessoas, juntamente com Manowar, Time Machine, Graveb Digger,
Rage, Eldritch e Moonspell.
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