Bandas de Rock - CRADLE OF FILTH | |||||
História da Banda
O Cradle of Filth pode ser considerado como uma
das bandas responsáveis pela ressurreição do black/death
metal ao redor do mundo. Não que essas vertentes mais extremas do
metal estivessem mortas, mas, no mínimo, podemos dizer que elas
estavam restritas à um público bem pequeno. Então,
seria melhor dizer que o Cradle foi um dos responsáveis pela popularização
que vem ocorrendo nos últimos tempos deste estilo, abrindo espaço
para outras excelentes bandas. Não é a toa que Dimmu Borgir,
At the Gates, e o pessoal mais veterano como Mayhem e Emperor, conquistaram
muitos fãs recentemente.A banda foi formada na Inglaterra, no verão
de 1991, e tinha como membros iniciais o vocalista Dani, o guitarrista
Paul Ryan, seu irmão tecladista Ben, o baixista John Richard e o
baterista Darren. Com esse line-up, gravaram uma demo em 1992, chamado
"Invoking the Unclean". Logo depois gravaram um segundo demo, chamado "Orgiastic
Plesure", já com o guitarrista Robin na banda. Este sai da banda
pouco tempo depois, mas com a saída do baixista John Richard, ele
volta para assumir o baixo, enquanto um novo guitarrista entra, chamado
Paul Allender. Com todas essas mudanças, mais um novo demo é
gravado, chamado "Total Fucking Darkness". Logo depois, Darren sai da banda
para a entrada do excepcional baterista Nickolas Baker.A essa altura, o
Cradle era um sexteto: Dani nos vocais, Robin no baixo, Paul Allender na
guitarra, Paul Ryan na outra guitarra, Ben Ryan nos teclados e Nickolas
na bateria. No final de 1993, devido a repercussão de "Total Fucking
Darkness", a Cacophonus Records contrata a banda, que já se destacava
pelo conteúdo de suas letras e pela imagem da banda em si. Assim
como as bandas mais antigas do estilo, eles vestiam-se e pintavam-se de
um jeito característico, com um apelo gótico muito forte.
Mas as letras eram um pouco diferentes: em vez de explorar temas como vikings
e ocultismo, os temas preferidos do letrista Dani são vampiros e
a lenda de Elizabeth Bathory (que teria sido uma aristocrata européia
do século 16 que torturava e matava seus criados, acreditando que
ao beber o sangue destes, conservaria sua beleza ao longo da eternidade).
As letras de Dani também se destacam por serem muito bem escritas,
com um certo apelo poético. E isso não é nada estranho
ao sabermos que ele, em sua juventude, leu e estudou obras de escritores
e filósofos como Nietzsche, Shelley, Baudelaire, De Sade e Byron.
O primeiro álbum da lançado pela
banda saiu em abril de 1994, e se chama "The Principle of Evil Made Flesh".
Nesse disco, que vendeu aproximadamente 32.000 cópias, destacam-se
músicas como "The Forest Whispers My Name" e "A Crescendo of Passion
Bleeding". No encarte do álbum, a banda usa "nomes artísticos",
como, por exemplo, "Nocturnal Pulse" para Robin e "Dark Immortall Scream"
para Dani.A sucessão de trocas entre os membros continuava e alguns
problemas entre a banda e a Cacophonus começavam a evidenciar-se
também. No segundo trabalho da banda, o mini-álbum "Vempire
or Dark Faerytales in Phallustein", lançado em 1996, três
foram as mudanças no line-up: saíram os irmãos Ryan
para darem lugar à Stuart Anstis (guitarrista) e Damien Gregori
(tecladista), além da saída de Paul Allender para a entrada
de Jared Demeter. Esse mini-álbum também faz relativo sucesso,
aumentando a fama e a legião de fãs do grupo.Enquanto escrevia
material para um novo disco, a banda negocia sua saída da Cacophonus,
e em novembro de 1996, conseguem trocar de selo. A nova casa agora é
a Music For Nations. Ainda antes de um novo lançamento, mais uma
mudança na formação: sai o recém chegado Jared
para a entrada de Gyan Pyres.Em 1996, a banda lança então
um novo disco, chamado "Dusk ... And Her Embrance" . Produzido por Kit
Woolven (Cathedral, Thin Lizzy), é um excelente álbum que
tem como principais destaques a belíssima faixa que dá nome
ao trabalho e a épica "Malice Through The Looking Glass". Foi produzido
durante dois meses; na verdade, a banda ainda estava na Cacophonus quando
começou a preparar esse disco, mas já haviam decidido lançá-lo
por outro selo devido aos problemas com a antiga gravadora."We wanted this
album to transcend the way a normal album would sound", disse Dani em uma
entrevista na época do lançamento. "We wanted it to sound
almost inhuman". No álbum, a banda aparece cada vez mais envolvida
com vampirismo, além de misturar a isso uma certa temática
erótica, realçada pelos belos vocais femininos que permeiam
algumas das melhores faixas (vocais femininos já apareciam nos discos
anteriores, mas em bem menor quantidade). Destacam-se ainda belas passagens
orquestradas, que fazem desse disco um dos melhores do black metal dos
últimos tempos. A partir dele, o prestígio da banda torna-se
quase mundial, e o número de fãs agora é bem maior.
Atualmente são encontradas edições especiais deste
disco, como, por exemplo, uma edição digi-pack com algumas
faixas bônus.Depois de uma grande turnê de divulgação,
a banda volta ao estúdio ao lado do produtor Jan Peter Genkel (Therion)
para a gravação de um novo álbum, não sem antes
ter mais uma mudança em sua formação : saiu o tecladista
Damien para dar lugar à Lecter Smith. Assim, lançam em 1998
mais um incrível disco: "Cruelty And The Beasty". O título
do disco é uma referência à uma frase do filósofo
prussiano Friederich Nitzsche, que originalmente dizia: "There is no beauty
without cruelty" ("não existe beleza sem crueldade"). Destacam-se
nesse álbum algumas músicas arrebatadoras como "Beneath the
Howling Stars" e "Desire in Violent Overture", além da sinistra
"Venus in Fears". Nesse disco, temos ainda mais destacada a participação
do vocal feminino da cantora Ingrid Pitt. E por fim, destaque especial
para a belíssima arte final do disco, principalmente no encarte:
a começar pela capa, que é uma das mais bonitas no metal
nos últimos tempos (apesar de ultimamente as bandas estarem dando
atenção especial a este detalhe), passando pelas páginas
que possuem belas imagens da modelo Luiza Morando interpretando Elizabeth
Bathory. Existe também uma edição especial desse álbum,
que vem com um disco bônus contendo três músicas inéditas
(uma delas em versão remix) e dois covers ("Hallowed Be Thy Name"
do Iron Maiden e "Black Metal" do Venom).Ainda em 1998, a banda participa
de dois outros projetos: um tributo ao Slayer chamado "Slatanic Slaughter
II", no qual a banda toca a música "Hell Awaits" – participam ainda
desse tributo bandas como Vader, Benediction e Anathema; e a coletânea
"Gods of Darkness", para o qual a banda contribui com "Malice Through The
Looking Glass", e figura ao lado de nomes como Dimmu Borgir, Emperor, Satyricon,
Mayhem e Dissection.Depois de mais uma longa e tumultuada turnê (devido
à vários problemas com grupos religiosos que protestavam
contra as apresentações da banda, principalmente nos EUA),
a banda tem mais uma baixa: Nickolas Baker deixa o grupo para ir tocar
com o Dimmu Borgir. Ele chega a participar das gravações
do último single da banda, "From the Cradle to Slave", lançado
já em 1999, que tem ainda a participação de dois outros
bateristas. Atualmente, quem ocupa este posto na banda é David Hirscheimer
que, aparentemente, já se tornou membro efetivo. Logo depois do
lançamento do single, mais mudanças: saíram Lecter
Smith e Stuart Anstis (motivo: diferenças pessoais com Dani) para
a volta dos guitarristas Paul Allender e Gyan Pyres. A banda continua procurando
um tecladista. Continuando em 1999, a banda participou de uma outra coletânea,
chamada "Beauty in Darkness". O Cradle toca a música "Cruelty Brought
The Orchids". Participam também deste projeto bandas como Crematory,
My Dying Bride e Moonspell. Atualmente, a banda está trabalhando
em um vídeo, que deverá se chamar "PanDaemonAeon" e deve
ser lançado ainda em 1999.
Discografia
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